"Me senti abraçada pelo público", diz Michele Crispim, catarinense vencedora do MasterChef Brasil

Michele Crispim, a catarinense vencedora da quarta edição do MasterChef Brasil, podia até não ser a preferida dos colegas do programa que torciam para a finalista Deborah Werneck, mas era de longe a queridinha do público.

— Na verdade, se eu fosse pensar proporcionalmente, eu tinha uma torcida maior. Me senti abraçada pelo público e a contra do mezanino foi mínima perto disso. Eles têm mais amizade com a Deborah, é questão de afinidade mesmo por terem mais contato fora do programa. Como eu não sou de São Paulo e não ia nos encontros, acaba sendo natural — comenta a vencedora em papo por telefone.

O anúncio ao vivo foi feito na noite desta terça-feira. Além do troféu de melhor cozinheiro amador do Brasil, ela receberá um prêmio de R$ 200 mil e fará um curso na renomada escola de gastronomia Le Cordon Bleu em Paris. A viagem ainda não tem data, mas Michele - que já morou em países como Rússia e Turquia - pretende começar as aulas de francês. Enquanto isso, vai alimentar seu novo canal no Youtube, lançado algumas horas antes da final do programa.

— O canal foi mais uma forma de continuar esse contato com o público, já que ele me acolheu tanto. E agora é trabalhar. Já estava fazendo aulas-shows, jantares e eventos, e vou começar a trabalhar mais na área.

A culinária entrou na vida de Michele meio que por obrigação. Aos 18 anos, ela foi morar na Rússia e teve que aprender a se virar. Depois, cozinhar virou um hobby e ela começou a assistir ao MasterChef Brasil e querer aprender mais sobre o assunto - por isso, foi atrás de informações sobre a culinária francesa.

— É a mais reconhecida no mundo. Quem começa a estudar um assunto começa pelas bases e eu sempre encarei assim. Para ter a capacidade de fazer as outras cozinhas, por exigir técnica e estudo, a culinária francesa é a mãe, a base de tudo — comenta.

A moradora de Palhoça vai continuar residindo na cidade e encarando a ponte aérea para os compromissos em outros Estados.

Como foi a final

Assim como nas edições anteriores, as duas finalistas precisaram preparar uma espécie de menu degustação, com entrada, prato principal e sobremesa. Michele apostou em ingredientes brasileiros e em uma receita inspirada em sua família e conquistou os jurados.

Para a entrada, ela escolheu tutano coberto com crosta de cogumelos, surpreendendo os chefs Erick Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella, responsáveis pelo julgamentos dos pratos. Em seguida, Michele serviu cupim recheado com pupunha e purê de pupunha e alho poró, acompanhado de brotos de alho poró tostados e, apesar de alguns defeitos apontados por Paola, recebeu elogios de Fogaça. A sobremesa foi um tartare tropical, com abacaxi, tapioca hidratada no leite de coco e baba de moça.

Ao longo do programa, ela teve cinco vitórias individuais e quatro vitórias em grupo ao longo da edição e se destacou mais na reprodução dos pratos do que em criações de receitas.

— Teve um equilíbrio das duas coisas. Na prova dos críticos (quando fez um ravióli com massa de cacau recheado com camarão, molho bisque e espuma de manga), fui considerada ousada por fazer um prato tão diferente. Assim como o cupim da final. Já a sobremesa teve inspiração em um prato da chef Bel Coelho, que eu admiro bastante — explica a cozinheira amadora.

Inicialmente, Bel Coelho teria reclamado da falta de crédito pela receita nas redes sociais, mas depois fez um post pedindo desculpas e elogiando Michele - que explica que a edição do programa cortou o momento em que ela citou a chef.

Fonte: DIÁRIO CATARINENSE
A.M

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