Ex-secretário e candidato a vice-prefeito de SMOeste é denunciado na 'Operação Patrola'



Idemar José Guaresi foi denunciado pela prática dos crimes de fraude à licitação e corrupção passiva, praticados na compra de uma retroescavadeira pelo Município.

A Promotoria de Justiça de Tangará agregou uma das 28 denúncias resultantes da Operação Patrola ajuizadas na Comarca para incluir o ex-Secretário de Obras de São Miguel do Oeste e atual candidato a vice-prefeito, Idemar José Guaresi entre os denunciados. Segundo o MPSC, Guaresi foi denunciado por agir ativamente em uma licitação com intuito de privilegiar uma empresa na aquisição de uma retroescavadeira para o Município de São Miguel do Oeste.

O departamento de jornalismo do Grupo WH Comunicações entrou em contato com Guaresi o qual afirmou que soube da notícia por meio de amigos, porém ainda não foi notificado. Segundo ele, deve se pronunciar sobre o caso somente quando for notificado e então seu advogado deve tomar as providências. “Acho estranho isso, estou indignado com isso, não sei de nada e não sei nem do que isso se trata”, afirmou.

Com isso, sobe para 56 o número de pessoas denunciadas pela Promotoria de Justiça de Tangará e pelo Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), após desmantelarem uma organização criminosa que agia em municípios catarinenses com pagamento de propina, superfaturamento e fraudes em licitações para compra de máquinas pesadas. O esquema foi descoberto durante a "Operação Patrola", uma intensa investigação que contou com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e com a colaboração premiada de envolvidos.

Já o aditamento para a inclusão de Guaresi entre os denunciados foi possível após a Promotoria de Justiça de Tangará ter recebido provas levantadas por investigações da Divisão de Investigação Criminal de Fronteira de São Miguel d'Oeste, com o compartilhamento destas determinado pela Vara Criminal da Comarca de São Miguel d'Oeste.

Denúncias na Comarca de Tangará e no TJSC
Como resultado da Operação patrola, já foi possível o ajuizamento de 42 ações criminais contra 14 prefeitos atuais, 30 ex-agentes públicos - entre eles ex-prefeitos e ex-secretários municipais -, cinco empresários, sete vendedores, entre outros. Outras diversas licitações estão sendo analisadas pela força-tarefa, muitas delas já com provas contundentes do pagamento de propina a agentes públicos.

Vinte seis dessas ações foram ajuizadas na Comarca de Tangará diante da conexão entre os fatos -todas já foram recebidas pelo magistrado Flávio Luís Dell'Antônio. Outras duas foram ajuizadas em março e maio deste ano, envolvendo o ex-prefeito de Tangará Robens Rech, as quais já estão em fase adiantada de instrução em razão da celeridade imprimida pelo Poder Judiciário.

As outras 14 foram protocoladas no Tribunal de Justiça (TJ) e aguardam análise quanto ao recebimento da denúncia. Essas ações, também com colaboração do GEAC, foram assinadas pelo Procurador de Justiça Ivens Thives de Carvalho, que atua por delegação do Procurador-Geral de Justiça em processos contra prefeitos, e estão no TJ por causa do foro especial por prerrogativa de função dos denunciados, pois os investigados são prefeitos no exercício do cargo.

Os envolvidos foram denunciados por organização criminosa, corrupção passiva e ativa e fraude em licitação nos municípios de Abdon Batista, Águas de Chapecó, Alto Bela Vista, Caçador, Campo Belo do Sul, Capinzal, Celso Ramos, Cerro Negro, Chapecó, Concórdia, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Fraiburgo, Ibiam, Iomerê, Irani, Irineópolis, Itá, Mondaí, Palmitos, Papanduva, Pinheiro Preto, Planalto Alegre, Princesa, Santa Terezinha do Progresso, São Bernardino, São Cristóvão do Sul, São José do Cerrito, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Serra Alta, Tangará, União do Oeste, Vargem Bonita, Videira, Xavantina, Xaxim e Zortéa.

A descoberta do esquema
O esquema começou a ruir em 2015 quando a Promotoria de Justiça de Tangará, com o auxílio do GAECO, desvendou uma estrutura organizada para superfaturar e desviar dinheiro público dos consertos de máquinas pesadas do município de Tangará, no Oeste catarinense. Dando continuidade às investigações, foram cumpridas na época ordens judiciais de prisão e busca e apreensão de inúmeros documentos.

A partir de então, a operação, batizada de "Patrola", por apontar irregularidades nas atividades que envolvem a venda de maquinários pesados para o poder público, foi sensivelmente ampliada em razão da complexidade e ramificação do esquema, passando a contar com o auxílio do Grupo Especial Anticorrupção - GEAC. Dividida em três fases até o momento, a investigação começou a ganhar ainda mais força com a colaboração premiada de alguns dos envolvidos. Eles revelaram detalhes do esquema, novos fatos e provas de corroboração que auxiliaram na continuidade das investigações.

Fonte: WH3

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