Apenas dizer "não" sem justificativa não é uma boa saída. Confira as dicas de especialistas

Conheça os tipos de mesadas que fazem a diferença na educação financeira

A situação é um tanto comum: os pais passam com o filho por uma loja de brinquedos, a criança pede um presente e o adulto que está com ela diz que irá comprar na volta. Quem nunca usou essa desculpa para o filho que atire a primeira pedra. Mas especialistas no assunto dizem que falar “não” é necessário e um importante passo para inserir a educação financeira na vida das crianças. Ele deve vir sempre acompanhado de uma justificativa verdadeira, como o valor alto do produto ou que ele não é necessário no momento.

Outra dica importante é: jamais diga que não tem dinheiro. Em vez disso, é preciso incentivar a criança a se planejar junto com a família para que possam comprar o brinquedo em outro momento. De acordo com a educadora financeira Ana Rosa Vilches, diretora pedagógica de projetos da Dsop Educação Financeira, com dois anos de idade, a criança já começa a entender que existe uma troca: é preciso dar dinheiro ou passar o cartão de crédito para ter algo que ela deseja.

— A criança terá atitudes de consumo de acordo com as atitudes dos pais — destaca.

Dar mesada para a criança proporciona o ato de cuidar do próprio dinheiro e dá a ideia de limite, conforme explica Joelson Sampaio, coordenador do curso de Economia da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV/EESP). Assim, em vez de comprar algo que a criança deseja, o ideal é que os pais a incentivem a comprar o produto com sua mesada. Com essa responsabilidade em mãos, ela irá refletir se realmente deve gastar com aquilo que deseja.

A educadora financeira Ana Rosa comenta que existem tipos diferentes de mesada para as crianças. Nem sempre envolvem dinheiro.

Confira como e quando aplicar cada uma delas com os seus pequenos:
1. Mesada voluntária: pode ser oferecida quando a criança começar a pedir brinquedos. O dinheiro será dado aos poucos, para que ela junte no seu cofre a fim de comprar o que deseja quando tiver a quantia necessária. Os pais podem, ainda, colocar dinheiro sem que o filho veja. Quando for poupada a quantia necessária, os pais devem comemorar e empoderar o filho, para ele entender que conseguiu conquistar o que queria por meio do seu planejamento.

2. Mesada econômica: incentive a criança a economizar água, luz e outras despesas. Quando a família perceber a economia na hora em que chegam as contas, a metade do valor poupado pode ficar com a criança. Reduzir o tempo do banho e desligar as luzes dos cômodos que não estiverem sendo usados são algumas atitudes que podem ser ensinadas.

3. Mesada de terceiros: sempre que a criança ganhar valores em dinheiro, seja de avós, tios ou dindos, por exemplo, incentive-a a guardar a metade.

4. Mesada de troca: a partir dos dois ou três anos, quando a criança deseja um brinquedo novo, muitas vezes, ela tem algo que já não brinca tanto assim. Incentive seu filho a trocar com algum primo, amigo ou colega aquele brinquedo que foi deixado de lado por algo que lhe interesse.

5. Mesada financeira: por um mês, anote os valores que o filho gasta com lanches, passeios e brinquedos. No mês seguinte, o montante pode ser dado para ele (vale para crianças a partir dos oito anos de idade). Quando sair com a criança e ela pedir um sorvete, por exemplo, estimule-a a pagar com o seu próprio dinheiro.

6. Mesada empreendedora: é comum perceber que a criança tem habilidades como fazer brigadeiro, pulseiras, artigos de decoração. Os pais podem incentivá-la a vender estes objetos, ajudando na primeira vez com os gastos na produção e, posteriormente, deixando a criança comprar o material com o retorno das vendas e guardar o lucro. Geralmente, pode ser aplicada a partir dos oito anos.

7. Mesada social: incentive o seu filho a optar por atividades com menos ou com nenhum gasto, como ir em um parque ou se reunir com os amigos em casa.

REVISTA STAR
A.M

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