Com uniforme recuperado, Henzel se emociona seis meses após a tragédia

Rafael Henzel, um dos sobreviventes da queda do avião que levava a Chape para Medellín, narra clássico com camisa e calças que estavam na bagagem daquele voo.

Nesta segunda-feira, a tragédia com o avião que levava a Chapecoense para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, em Medellín, na Colômbia, completa seis meses. No total, 71 pessoas morreram na queda do avião da empresa LaMia. Um dos seis sobreviventes, o narrador Rafael Henzel, da Rádio Oeste Capital, esteve na cabine do SporTV antes da partida contra o Avaí, pelo Brasileirão. O locutor revelou que seu uniforme estava na mala do avião e lembrou do colega Renan Agnolin, morto no acidente, que faria aniversário.

- Esta camisa estava na mala do avião, chegou nessa semana. Fiz questão de vesti-la. Tenho outras, mas resolvi vestir esta. Esta calça estava na mala do avião também. É a marca da vida. O Renan estaria completando 28 anos, meu colega, que esteve comigo em todas as transmissões, em todas as viagens internacionais. O que eu sinto de felicidade, quando olho para minha família, eu lembro que existem muitas famílias chorando neste seis meses, porque perderam seus familiares. É um momento de reconstrução das nossas vidas, de reconstrução da Chape, de reconstrução das famílias daqueles que se foram. Você não tem ponto de partida depois de uma tragédia dessa. Como você faz? Morreram 71 pessoas, do presidente do roupeiro.

Rafael Henzel lembrou da importância daquela final de Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, para a Chapecoense. Além disso, vê sua história pessoal ligada à do clube.

- Eu vivo paralelamente eu vivo a reconstrução da minha vida, com a reconstrução da Chapecoense. Com as mesmas dores, as mesmas felicidades. Cada vitória é uma vitória. Todos que estavam naquele voo estavam lutando por alguma coisa. Quantos jogos eu fiz no SporTV? Mas nada se compara ao time da sua cidade, com a chance de conquistar a Copa Sul-Americana. Dentro da minha limitação, meu sonho é não deixar a chama apagar. Seria muito ruim para a região não ter mais futebol na cidade.

O narrador também comentou a eliminação da Chapecoense na Libertadores. O time catarinense venceu o Lanús, da Argentina, por 2 a 1, mas perdeu os pontos, por escalação irregular do zagueiro Luiz Otávio, que estava suspenso. Porém, o clube alega que não foi avisado da punição ao seu jogador. Apesar do imbróglio, Rafael Henzel diz que a cidade voltou a sorrir, depois da tragédia, e destacou a vitória por 2 a 1 sobre o Zulia, na Arena Condá, pela Libertadores.

- Está muito mal explicada a história, ainda não apareceu o email. Se aparecesse, estava encerrada a história. A Chapecoense recorreu à Câmara de Apelação. A cidade voltou a sorrir (...) Este campo aqui, que já viu tanta tristeza, debaixo d'água, contra o Zulia, teve algo espetacular. Foi muita emoção, 2 a 1, de virada, debaixo de chuva. Espero que seja um bom jogo, um clássico, a Chapecoense está muito inteira. O Vagner Mancini passou por momentos conturbados, mas conseguiu montar um time. Mas o mais importante é ter vida em campo.

Fonte: GLOBO ESPORTE
A.M

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