Foto: Jorge Enderle

Enchente de 83 completa 37 anos com muitas histórias a serem desvendadas

Era 07 de julho de 1983 e o Rio do Peixe parecia se comportar de uma forma jamais vista: suas águas transbordaram, já não suportando mais seu curso natural, atingindo ao menos 135 cidades, marcando não só a história, mas também a lembrança de muita gente.

Não é difícil encontrar quem viveu naquela época e não se lembre do que passou há exatos 37 anos: locais que até então eram usados pela população, se viram invadidos pela água do querido Rio do Peixe. Como se tratava de uma cena até então nunca vista pessoalmente, mas sim pelas antigas televisões de tubo ou pelos rádios, a aglomeração de pessoas, tão conhecida nos dias de hoje, era parte da paisagem que unia a curiosidade, espanto, mas também um mar de destruição.

Em declaração ao Facebook Rio do Peixe, o prefeito de Herval D´Oeste a época, Américo Lorini, descreveu com precisão o que se passou naquele dia: “Em Herval D´Oeste, no ano de 83, aconteceu uma enchente, uma das maiores da nossa história” pontua o administrador. Foram pessoas desabrigadas e cidades isoladas. Em declaração ao mesmo veículo, o historiador Marckson Kielek classificou o evento da seguinte forma: “A enchente de 83 foi a enchente que destruiu totalmente o vale do rio do peixe” traduz o historiador.

Aproveitando o excelente vídeo produzido pela página Rio do Peixe no Facebook (ao qual pode ser conferido neste link: https://www.facebook.com/diarioriodopeixe/videos/2059876997379787/) nem a estrutura da curva, feita em formato de U, para suportar a enchente, aguentou a força das águas: “a ponte não suportou, devido à altura da água e principalmente árvores e casas que vinham pelo rio e que foi entulhando a ponte” atesta Lorini. “Os destroços bateram a ponte, começou a haver uma rachadura, um estouro, houve-se um barulho, viu-se um clarão. E na madrugada do dia 08, a ponte rachou, a ponte caiu” diz Kielek.

Em matérias produzidas pela Rede Globo, ao qual passou em rede nacional, pode-se atestar que, por conta da gravidade da situação, tanto de quem viveu naquela época conta, tanto pelos historiadores, presidiários do Rio de Janeiro foram deslocados para auxiliar as “vítimas do Sul” assim considerado pela maior emissora de Tv do país, na atualidade. Eles destinaram boa parte de comida aos desabrigados, por conta da fúria das águas do Rio do Peixe. A antiga TV catarinense também mostrou imagens de solidariedade para o povo da região.

Julho também não pode ser esquecido: no mesmo mês, só que no ano de 1939, uma enchente também afetou os moradores das localidades ao quais o Rio do Peixe cortava. Locais como o antigo frigorifico, residência de famílias conhecidas, além da atual rua Governador Jorge Lacerda e o antigo cinema foram afetados pelas águas que transbordaram. O texto, longo mais curioso, pode ser conferido, sob autoria de Cláudio Victor Rogge (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2804586573103704&set=a.1952131808349189&type=3&theater)

Mesmo após três décadas, a enchente do Rio do Peixe vai continuar sendo um arquivo vivo na história de muita gente. “Causos” precisam ser contados e ainda devem ser desvendadas, para entender o que, de fato, levou o Rio do Peixe a se comportar desta maneira.

Leandro de Souza - Rádio Piratuba FM

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