Bolsonaro confirma sinal verde para plano de privatizar Correios

O presidente Jair Bolsonaro confirmou rumores divulgados na semana passada sobre a privatização dos Correios: o governo tem “sinal verde” para iniciar os estudos sobre a venda da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), com o objetivo de enxugar a máquina pública e reduzir dívidas. A estatal teve lucro em 2017 e 2018, mas sofreu perdas de R$ 5 bilhões nos dois anos anteriores.

“Dei sinal verde para estudar a privatização dos Correios”, disse Bolsonaro em café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira (25). Ele aprovou a ideia de vender a estatal, e quer conseguir apoio popular relembrando os casos de corrupção envolvendo a empresa, além de suas perdas financeiras.

Os Correios tiveram lucro de R$ 161 milhões em 2018, e mais R$ 667,3 milhões em 2017, após quatro anos consecutivos de prejuízos. Ela segurou os gastos, fechou agências, encerrou o e-Sedex (versão mais barata do Sedex) e passou a cobrar taxa de R$ 15 em todas as encomendas internacionais.

Para a equipe presidencial, se a ECT for privatizada, ela terá “mais liberdade para se modernizar e responder às mudanças no mercado promovidas pelo comércio eletrônico”, segundo uma fonte da Reuters.

Marcos Pontes, ministro das Comunicações, Ciência, Tecnologia e Inovação, defende que a privatização dos Correios seja feita “de forma responsável e lógica, sem precipitação”. Ela deve considerar as necessidades estratégicas do Brasil, o retorno para o governo e os direitos dos funcionários — são mais de 100 mil servidores. (A ECT é subordinada ao ministério.)

Bolsonaro quer relembrar casos de corrupção nos Correios
No evento de hoje, Bolsonaro também fez referência ao escândalo dos Correios em 2005 e às suspeitas de irregularidades no Postalis. “Tem que rememorar para o povo o fundo de pensão, que a empresa foi o foco de corrupção com o mensalão”, disse o presidente.

Em resumo, um vídeo divulgado em 2005 mostra um funcionário dos Correios explicando para dois empresários um esquema de propina que seria gerido pelo então presidente do PTB, Roberto Jefferson. O dinheiro arrecadado iria para o caixa do partido.

O Congresso aprovou a criação da CPI dos Correios e, em meio às denúncias, Jefferson ameaçou revelar casos de corrupção envolvendo o PT. Então, ele contou que deputados aliados do governo Lula recebiam um “mensalão” de R$ 30 mil do tesoureiro do PT, Delúbio Soares.

Enquanto isso, o caso do Postalis é mais recente e parte de uma investigação feita pelo Ministério Público Federal em Brasília (MPF/DF) e pela Polícia Federal. Uma organização criminosa teria desviado recursos da previdência dos Correios, causando um rombo de mais de R$ 5 bilhões.

A Operação Pausare suspeita que o esquema beneficiou “dirigentes do fundo de pensão, empresas de avaliação de risco, instituições financeiras, gestores, administradores de fundos de investimentos, agentes e empresários que recebem as aplicações”.

Com informações: Estadão, O Globo.

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