Ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio é alvo de investigações por esquema de candidaturas laranjas

'Laranja' do PSL diz à PF que ministro pediu desvio de verba nas eleições.

Zuleide Oliveira, candidata a deputada estadual por Minas Gerais nas eleições, prestou depoimento à Polícia Federal na última terça-feira (19). Ela confirmou que Marcelo Álvaro Antônio, hoje ministro do Turismo, pediu que ela devolvesse ao PSL parte do dinheiro destinado à campanha.
O ministro do Turismo é suspeito de ser o responsável por um esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais, investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Na época, ele era presidente do PSL no estado e teria direcionado dinheiro público de fundo eleitoral e partidário para empresas ligadas ao seu gabinete.

Essas candidatas receberam uma grande quantidade de verbas e tiveram números insignificantes de votos. Entre elas, está Zuleide Oliveira, a primeira a implicar o ministro diretamente ao esquema. Agora, ele também passa ser alvo da investigação formalmente.
De acordo com informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, Zuleide foi ouvida pela PF por cerca de duas horas na cidade de Varginha, em Minas Gerais. O advogado da candidata, Renato Delavia, afirmou que ela entregou o celular para a PF, que teria troca de mensagens entre Zuleide e assessores de Marcelo Álvaro.

De acordo com o advogado, Zuleide contou aos policiais que Marcelo Álvaro propôs, em uma reunião, que dos R$ 60 mil reais que receberia do fundo partidário para financiar a campanha, ela devolvesse R$ 45 mil ao partido. "Para o financiamento de campanha, vem do fundo partidário R$ 60 mil e você restitui ao partido R$ 45 mil. Usa R$ 15 mil para sua campanha e mais os santinhos que o partido vai te fornecer’”, teria dito o ministro.
No entanto, a candidata não chegou a receber o dinheiro. Extratos bancários foram apresentados no depoimento. A defesa de Zuleide também afirma que o PSL garantiu que ela conseguiria concorrer a eleição, mesmo tendo sido presa em 2016 por causa de uma briga com outra mulher.
“Ela disse à delegada que comunicou o partido da condenação assim que sondada. Em contrapartida, o partido garantiu a ela que a candidatura dela sairia. Que ela estaria ilesa, porque ela havia conseguido a suspensão condicional da pena e os dirigentes disseram a ela que isso serviria para garantir os direitos políticos”, disse Delavia.

Zuleide afirmou à Folha que só foi usada como candidata laranja e que o partido sabia que ela não teria votos suficientes. Marcelo Álvaro negou as acusações e disse que cumpriu a legislação eleitoral. Reportagens também já revelaram a existência de um esquema parecido em Minas Gerais, sob o comando de Luciano Bivar, atual presidente do partido.
No começo deste mês, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a continuidade das investigações contra o ministro do Turismo e afirmou que a permanência de Marcelo Álvaro no cargo dependeria disso.

Fonte: Último Segundo - iG

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