Preço médio do litro da gasolina em Santa Catarina é o mais caro desde fevereiro e a tendência é de alta

Sindicato dos postos de combustíveis da Grande Florianópolis estima valor acima de R$ 4 até o fim do mês devido aos reajustes da Petrobras

O preço médio do litro da gasolina em Santa Catarina é de R$ 3,679, o mais alto desde 26 de fevereiro deste ano. O dado é da pesquisa semanal divulgada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que analisou entre 27 de agosto e 2 de setembro 121 postos de combustíveis pelo Estado.

Na primeira semana de setembro do ano passado, o preço médio estava em R$ 3,528. Desde então, começou uma escalada semanal até chegar ao pico de R$ 3,717 em 29 de janeiro.

Em seguida, o comportamento foi de praticamente queda livre até a semana de 16 de julho, R$ 3,285. Era o menor preço médio praticado em Santa Catarina pelos postos desde 27 de setembro de 2015.

Mas apenas entre as semanas de 16 a 23 de julho, a média cresceu 10,4%, retomando o patamar de alta em Santa Catarina.

Em Florianópolis, a última pesquisa da ANP apontou um preço médio de R$ 3,701 para 26 postos analisados. Os valores variam de R$ 3,499 a R$ 3,899. Ainda assim, a cidade tem a 10ª gasolina mais barata do país entre as capitais e o mais baixo da Região Sul. O valor também está abaixo da média do Brasil, que ficou em R$ 3,778.

Desde janeiro, a média mais baixa para a Capital catarinense foi de R$ 3,383, registrada também na semana de 16 de julho.

Diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis, Joel Fernandes argumenta que a política de sucessivas alterações no preço dos combustíveis adotada pela Petrobras nos últimos dois meses tem impactado diretamente nas bombas, o que explica a escalada de preços a partir da última semana de julho, quando o governo federal também decretou aumento de PIS e Cofins.

Segundo Fernandes, apenas nos primeiros cinco dias de setembro, a Petrobras anunciou três reajustes de preços para as refinarias (cada reajuste leva até 15 dias para impactar as bombas). Além disso, o governo do Estado também atualizou a base de cálculo do ICMS, que na prática impacta em pelo menos R$ 0,01 o preço nas bombas. Como esse imposto tem a base revista quinzenalmente, nova alta pode ocorrer a partir do próximo dia 16.

– O grande problema nesse sistema é para o posto revendedor. Ele não tem condições de fazer esses reparos diários. O que acontece, ele opera por um período em um preço e depois ele percebe que vai começar a perder dinheiro e começa a reajustar. Depende muito do percentual de aumento. Às vezes a Petrobras aumenta 1%, estamos falando aí de um centavo e meio que o revendedor não repassa [ao cliente]. Às vezes ela aumenta 4%, aí estamos falando de R$ 0,04, e o revendedor também não repassa. Nisso ele vai acumulando prejuízo com o negócio. E num certo momento tem que recuperar o prejuízo. E aí acaba repassando. Então pode demorar um dia, uma semana ou 15 dias – argumenta Fernandes.

Preço médio do litro deve ultrapassar R$ 4 na Grande Florianópolis
Como resultado, Fernandes estima que até o fim do mês o preço médio do litro da gasolina supere a faixa de R$ 4. Nesta semana, há postos de Florianópolis que atualizaram a tabela para cobrar R$ 3,99.

Entre as 10 cidades catarinenses pesquisadas pela ANP na primeira semana de setembro (de 27 de agosto a 2 de setembro), Brusque tem o menor preço médio praticado pelos postos de combustíveis, com R$ 3,518.

É de Brusque também o valor mais baixo entre os 121 estabelecimentos pesquisados em todo o Estado, de R$ 3,39. Na outra ponta, em compensação, Chapecó tem a média mais alta (R$ 3,826) e Videira tem o estabelecimento com o preço mais caro entre os pesquisados em SC, de R$ 3,999.




Fonte: WH3
A.M

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