Eclipse solar total cruza os Estados Unidos de uma costa a outra.
Acabou, por volta das 14h48min locais (15h48min de Brasília) desta segunda-feira, um fenômeno histórico: a essa hora, o eclipse total do sol não era mais visível em Charleston, Carolina do Sul, sua última etapa antes de desaparecer do continente americano.
O eclipse – o primeiro a cruzar os Estados Unidos de costa a costa em 99 anos – começou a tapar o sol no Oregon, oeste do país, às 14h16min de Brasília. Milhares de pessoas na costa oeste dos Estados Unidos gritaram e aplaudiram o evento. A Nasa transmitiu ao vivo o acontecimento.
A transmissão foi intercalada entre imagens da lua encobrindo o sol e as reações dos norte-americanos que acompanham o fenômeno em diferentes pontos do país. Na página da agência espacial no Facebook, mais de 400 mil pessoas acompanhavam a transmissão ao vivo do fenômeno por volta das 13h50min. Pelo Twitter o número chegava a 32 mil.
Foram dois minutos e 40 segundos de completa escuridão para quem esteve entre Salem, no Oregon, e a cidade de Charleston, na Carolina do Sul.
Episódio raro
A última vez que a Terra teve um eclipse solar com as mesmas características do que foi visto nesta segunda-feira foi há 99 anos. O fenômeno pôde ser observado numa faixa de terra de cerca de 270 quilômetros de largura e acbou tornando-se um grande evento, com venda esgotada de óculos especiais para o fenômeno e grande fluxo de turistas para as cidades mais expostas, como Charleston, na Carolina do Sul, e Salem, no Oregon.
Em muitos lugares dos Estados Unidos o Eclipse virou um negócio lucrativo. Camisetas com a frase: "Onde você vai estar no dia 21 de agosto na hora do eclipse?", foram vendidas em várias regiões. A cidade de Charleston esperava receber um milhão de visitantes.
Em Atlanta, na Georgia, onde a cobertura do eclipse foi de 98%, vários distritos do estado liberaram as aulas nas escolas. A preocupação do Departamento de Educação de Atlanta foi com a segurança na hora da saída. Um comunicado das autoridades do Estado justificou que as classes iam ser liberadas mais cedo, mas que os alunos que faltassem a aula não teriam o dia contado com ausência.
Segundo as autoridades, as ruas poderiam ficar escuras e sem a iluminação programada para as noites. Além disso, as escolas teriam que garantir que as crianças e adolescentes olhariam para o sol de maneira segura - usando os óculos de proteção. O ponto máximo da cobertura do sol pela Lua, aconteceu por volta de 14h35min em Atlanta.
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE
A.M