SC tem menores taxas de desocupação e de trabalhadores subutilizados do país, aponta IBGE
Santa Catarina aparece com as menores taxas de desocupação e subutilização da força de trabalho do Brasil na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são referentes ao segundo trimestre de 2017.
Mesmo com taxas positivas em comparação com o resto do país, os números catarinenses não são bons. O estado passou de 6,7% entre maio e julho de 2016 para 7,5% no mesmo período este ano. Isso representa 41 mil desempregados a mais em Santa Catarina. Em 2014, eram 96 mil desempregados no total. Agora, são 283 mil.
Desocupação
Enquanto a taxa de desocupação no Brasil nesse período ficou em 13% (queda 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior), Santa Catarina registrou 7,5%. Foi a segunda vez consecutiva que o estado registrou a menor taxa de desocupação do país. De janeiro a março, o índice catarinense era de 7,9%.
A taxa de desocupação apresentou queda em 11 das 27 unidades federativas analisadas pelo IBGE. Em outras 14, a taxa ficou estável. Somente Rio de Janeiro e Pernambuco apresentaram aumento da taxa de desocupação.
São classificadas como desocupadas as pessoas não ocupadas no período da pesquisa e "que tomaram alguma providência efetiva para conseguir um trabalho no período de referência de 30 dias e que estavam disponíveis para iniciar um trabalho na semana de referência", segundo o IBGE.
Subutilização
Já a taxa composta da subutilização da força de trabalho, que na média brasileira ficou em 23,8%, é de 10,7% em Santa Catarina. Essa taxa agrega os trabalhadores desempregados, aqueles que estão subocupados (por poucas horas trabalhadas) e os que fazem parte da força de trabalho potencial (não estão procurando emprego por motivos diversos).
A Região Sul foi a que apresentou a menor taxa de subutilização da força de trabalho (14,7%). A subutilização da força de trabalho é mais intensa no Nordeste. Lá, a taxa ficou em 34,9% no segundo trimestre, distante 11,1% da média nacional.
No geral, o mercado de trabalho brasileiro encerrou o segundo trimestre do ano com 26,3 milhões de trabalhadores desocupados e subocupados – cerca de 200 mil a menos que no trimestre anterior.
Fonte: G1