Foto: Imprensa Oficial Piratuba
MÊS DE ANIVERSÁRIO DA CAPITAL TURÍSTICA SE DESPEDE DO PERÍODO DE COMEMORAÇÕES, MARCANDO MEMÓRIAS VIVIDAS PELOS DESBRAVADORES
A saga de surgimento e desenvolvimento da pequena vila nascida no entorno da Estação Rio do Peixe, a qual deu origem a Piratuba, pode ser contada de diversas maneiras. O ponto comum de tantas histórias é certamente a construção da Ferrovia São Paulo – Rio Grande, inaugurada em 17 de dezembro, de 1910.
O natural processo de colonização, com a vinda de imigrantes europeus, de diversas etnias, saídos das Colônias Velhas Gaúchas, especialmente das de Montenegro-RS, e regiões do Vale do Caí, trouxe o desenvolvimento para uma região coberta por uma densa floresta, chamada de ombrófila mista.
A extração madeireira, o início da agroindústria e a descoberta de água termal, são acontecimentos que integram-se à construção da maior usina hidrelétrica catarinense, na construção de uma sólida trajetória, na cidade turística do interior catarinense.
Tida como uma reserva de terras, pertencentes ao então município de Campos Novos, a colonização do território que compreende o município de Piratuba, passou necessariamente, pela recepção e pernoite de viajantes e colonos recém-chegados ao velho casarão hoteleiro do Centro Histórico da cidade.
A gare da Estação Rio do Peixe, é testemunha fiel das chegadas e partidas ou até mesmo passagem de personalidades como Theodore Roosevelt, em viagem para a Argentina, país de onde partiu Evita Perón, em direção à São Paulo. A Vila Rio do Peixe acompanhou ainda a passagem do comboio de Getúlio Vargas rumo ao Rio de Janeiro, em 1930.
Histórias do passado, que se fundem com a atualidade, num ir e vir de lembranças, que simbolizam nossa diversidade cultural, que além de imigrantes alemães, italianos, e portugueses, também receberam franceses, ucranianos, espanhóis, austríacos, russos e tantos outros perfis étnicos.
Do Picadão de Hipólito Souza, o colono caboclo que teria tido um dos primeiros carros do município, aos parreirais de Carino Faé da Linha Gamela e as lições ensinadas pelos professores Magno Azeredo, Constante e Osvaldo Cuca, tudo está perfeitamente integrado à linha da memória, de diversas gerações.
Dos tradicionais eventos no Clube União, ao transporte ferroviário, as linhas de ônibus dos Irmãos Hoppen, passando pela Fecularia Ipirense e a Marcenaria de Edmundo Wolfart, a Olaria Klein, ao Armarinhos Dietzel e os empreendimentos das famílias Luersen, o que não faltam, são histórias conectando os Laticínios Carlos Kappes Filho aos negócios de Oscar Freitag e o dos Irmãos Poletto.
Certamente a mais importante indústria regional de todos os tempos, é lembrada até a atualidade como a Industrial e Mercantil Ipira S.A. afinal, o velho prédio do antigo frigorífico, o qual teria sido construído sobre um antigo cemitério, resiste aos intemperes, marcando a história local, como cartão de entrada da Capital Turística.
Os moradores mais velhos são daquele tempo em que a abertura de uma conta ou uma simples operação financeira tinha como endereço, o Banco Inco, o qual ficava na Avenida 18 de Fevereiro, nº 16.
Em 2023, ao completarmos 74 anos de emancipação político-administrativa, as reminiscências dos mais velhos, nos trarão a certeza, de que para se chegar até aqui, foi preciso integrar à essa história, mais de um século de labor e sacrifícios, enfrentadas pelos antepassados dos que aqui estão.
A trajetória histórica da Capital Turística, pode ser conhecida e recordada em uma visita à Casa da Memória, onde um vasto acervo de fotos e objetos épicos, recriam o cenário da colonização local. O espaço fica aberto de segunda à sexta em horário de funcionamento dos setores públicos municipais.
Afinal, relembrar uma história secular em poucos parágrafos, é a firme esperança de que muito mais que reviver o passado, é preciso sonhar o futuro e garantir espaço para que milhares de sagas sejam vividas e contadas por aqueles que ainda integrarão o cotidiano da linda Piratuba!
Por: Imprensa Oficial Piratuba